sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Manifesto dos médicos nefrologistas e o descaso na saúde.



Prezados Associados,
Nefrologistas de todo país estão participando pela internet de um movimento com o objetivo de pressionar o Governo Federal por melhores condições de trabalho e remuneração da diálise.
A ABCDT apóia integralmente essa ação e solicita  a cada um de seus associados que também se engajem no movimento a fim de conseguir os objetivos almejados.
Se não houver união a nefrologia continuará sem ser ouvida.
Os interessados em participar do movimento devem acrescentar o seu nome e nome da clínica no documento anexo. Também podem participar do Nefroforum, trocando informações e enviando sugestões. Segue abaixo as instruções para participação:

Haverá um aviso indicando que o internauta precisa ser membro para participar do grupo. E lhe serão oferecidos dois links: "inscrever-se para associação" e "entrar em contato com o proprietário do grupo"
Se clicar em "inscrever-se para associação", será transferido para uma página onde fará o pedido de associação, deixando as informações obrigatórias para inscrição: (nome, profissão, especialidade, telefones e instituto ou empresa em que trabalha).
Se clicar em "entrar em contato com o proprietário do grupo", a pessoa é transferida para um formulário de mensagem.

Hélio Vida Cassi
Presidente da ABCDT


Somos empresas privadas, prestadoras de serviço médicos e respondemos
pelo tratamento de cerca de 90% dos brasileiros em diálise.
Representamos um custo elevado para o Ministério da Saúde, porque nosso país está entre os cinco que mais fazem diálise no mundo, além do maior número de transplantes renais/ano. O Brasil é populoso, ocupa um território continental e seu sistema de saúde tem por meta o atendimento global dos cidadãos.
Estamos seriamente preocupados com a continuidade do atendimento aos
pacientes em diálise. Como médicos, tememos pela vida de nossos pacientes; como clínicas, pela nossa solvência.
O salário mínimo já beira os R$ 700,00; temos dissídios trabalhistas; arcamos com pesada carga tributária e elevados custos de serviços terceirizados; os materiais e insumos sobem anualmente; também se elevam nossos aluguéis atrelados ao IGPM; e assistimos ao aumento da demanda dos pacientes por bons serviços dia após dia.
Com remunerações sub-reajustadas há anos, ainda sofremos com atrasos nos repasses. Sabemos quando faturamos, mas não quando receberemos. Uma vida de instabilidade e insegurança.
Desestimulados, os mais jovens não abrem novas clínicas. E, enquanto algumas fecham suas portas, as demais, endividadas, penam para contratar médicos, pois muitas residências em nefrologia não recebem candidatos há anos.
Quanto à prevenção, cumprimos nosso dever promovendo campanhas nacionais de esclarecimento. Para garantir o acesso da população à diálise,  empreendemos esforços, sem nos furtarmos à crescente demanda de consultas e casos de Insuficiência Renal Aguda. Aos pacientes que aguardam transplante, garantimos a preservação da vida e a qualidade desta; e, sempre que se perde o enxerto, estamos a postos para dar o suporte dialítico necessário. Sem serviços fortes de diálise, não pode haver transplante adequado.
Cuidar do Doente Renal é nossa missão e nosso imperativo ético.
Do governo, precisamos apenas que faça a sua parte, sem a qual não poderemos enfrentar os desafios cada vez maiores.
O setor urge por reajuste compatível com os custos crescentes facilmente demonstraveis.
“O desejo, acompanhado da ideia de satisfazê-lo, chama-se esperança; despojado de tal ideia, desespero.”
Thomas Hobbes

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